Professores e servidores municipais lotam Câmara para ouvir Prefeita e Vereadores

por Assessoria de Imprensa última modificação 21/12/2023 11h09


Professores e servidores municipais lotam Câmara para ouvir Prefeita e Vereadores

 

Direitos adquiridos não devem ser retirados, diferença salarial entre profissionais, entre os funcionários públicos é o que mais ouvimos

 

Aconteceu na segunda-feira, 18, a 77ª Sessão Ordinária sendo a penúltima deste ano com a Casa Legislativa lotada por professores, servidores públicos municipais e comissionados.

Na pauta o projeto de lei do executivo que altera o plano de cargos e salários dos servidores da Educação criado e aprovado em 2011, mas, de fato, nunca foi implementado em sua totalidade.

Na mesma noite a prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel Hoppe, usou a tribuna da Câmara para explicar e defender o projeto. Ela lembrou que “é mais fácil quando a gente é vereador a gente não tem compromisso com a gestão pública”.

Juliana em sua fala disse que outros prefeitos não tiveram a coragem que eu tenho de estar aqui dialogando com os servidores, não temos só uma classe de servidores, são 1.019 servidores, se contar os terceirizados e ACTs chegamos a 1.819. Destes, não conheço um que não queira melhores salários. Citou ainda que chamou o Sindicato para conversar. Segundo ela, os professores tinham uma grande preocupação com a regência, mas não houve nenhuma alteração. “Todo direito adquirido não se mexe. Não se mexeu na remuneração, nem na base salarial”, destacou.

As reações dos vereadores:
Vereador Osmar Oleskovicz, fez uso da tribuna e chamou o projeto de “maligno”. “Com todo o respeito, ela não leu, não entendeu, não sabe matemática”, disse sobre a interpretação da prefeita.
Oleskovicz, ainda lembrou que o plano extingue o piso 1, segundo ele, a primeira classe explícita no plano de cargos e salários. O projeto chegou na sexta-feira, 15, no final da tarde. Em 2011, foram mais de 20 reuniões com os professores para se chegar a uma proposta. “Não é jogando um grupo contra outro que vamos conseguir chegar a um consenso”, disse.

Willian Godoy, foi mais firme em sua fala. Disse que a Câmara não vai votar em um projeto do dia para a noite. “É imoral e desrespeitoso para com vocês”, em referência aos professores presentes.

André Ramon Flenik, alertou para a necessidade de discussão. “Se não houver alterações, daqui a alguns anos todos os 55 mil habitantes vão ter problemas”, em referência ao déficit calculado do ICPrev, o instituto de previdência do Município.

Já Mauricio Zimmermann apelou pela busca de um consenso, “aprovo o projeto que ajuste o salário dos políticos”. Garantiu enaltecendo a necessidade de diálogo para que se chegue a um denominador comum.

Wilmar Sudoski, ao se manifestar lembrou que “a prefeita sempre defendeu o funcionalismo nesta casa, quantas vezes ela agitou aqui nesta casa, agora ela está sentindo o peso da caneta”. O vereador defendeu que o projeto só vá a votação em 2024, depois do recesso. Ele pediu ajuda aos professores para chegar a um consenso. “Não adianta fazer promessas, antes de falar, cuide, a caneta é pesada”.

Vereador Adilson Steidel colaborando com os colegas frisou que é preciso analisar bem esse projeto e até rever ele quem sabe, não podemos prejudicar nenhum servidor. “Estou quase um ano aqui e vocês professores e servidores podem contar comigo, não iremos votar algo para prejudicar vocês e nem suas famílias”, falou ele.

A atual presidente da Câmara, Tatiane Carvalho, pontuou que “não estou aqui para tapar o sol com a peneira”, surpresa com a fala da prefeita dizendo que temos o tempo que quisermos para apreciar o projeto. Acredito que isso tenha acontecido porque ela não conseguiu todos os votos.

Tatiane na oportunidade defendeu alguns cortes e despesas no município, também defendeu corte nas despesas com o natal e lembrou que a contratação de uma organização social demanda R$ 300 mil de custos extras ao Município. Lembrou, também, que se for alterado o salário do prefeito, vice e vereadores, legalmente, isso só passa a valer na próxima legislatura.

Os projetos de lei que propõe ajustes salarias dos servidores deverão entrar em pauta para discussão no início dos trabalhos legislativos no mês de fevereiro de 2024.

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Joselito Beluk – Assessor de Comunicação Câmara de Vereadores
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