Moradores recorrem a Câmara e clamam pela desobstrução de valas

por admin última modificação 08/03/2018 21h20
Vereadores atenderam ao chamado da população e foram até os bairros verificar os problemas
 

Valas tomadas pelo mato e pelo barro estão obstruídas e dificultam a vazão do esgoto que sai das residências. A realidade, eminente em diversos pontos da cidade de Canoinhas, toma proporções ainda maiores em algumas ruas do local conhecido como Zaniolo 2, no bairro Campo da Água Verde. Lá, as pessoas estão em contato direto com mau cheiro e com risco de doenças. “Moro aqui há seis anos e nunca vi uma máquina da prefeitura fazendo a limpeza das valetas”, frisou a dona de casa Leonilda Gonçalves, que mora na Rua Miguel Schiessl Sobrinho.

A moradora afirma que já procurou o setor de Obras algumas vezes, mas, até hoje, não teve o seu pleito atendido. “É um problema dos meus vizinhos também. Todos sofrem. Os terrenos não têm vazão e o esgoto sai direto na estrada. A rua é cheia de crianças e elas até brincam naquela sujeira. Isso preocupa. Nos dias de chuva a água fica empossada e alaga os pátios”, desabafou.

Cansada de esperar pelos serviços, Leonilda comunicou o fato à Câmara Municipal e pediu a ajuda dos vereadores. “Pedi por mim e por todos os meus vizinhos”, completou. Assim como ela, outras pessoas, de diversos locais da cidade, também entraram em contato com os vereadores nos últimos dias e apontaram praticamente as mesmas reivindicações.  

Diante da situação, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Glinski (PSD), acompanhado dos vereadores Célio Galeski (PSD), Gil Baiano (PSDB) e Alexey Sachweh (PPS), esteve no local, na tarde de quarta-feira (08), verificando os problemas. Posteriormente, a comitiva também foi atender aos chamados em outros bairros da cidade.

O problema da Rua Miguel Schiessl Sobrinho foi repassado, no mesmo dia, ao secretário municipal de Obras, José André Muehlbauer, que garantiu a desobstrução das valetas até sexta-feira (11). “Máquinas da prefeitura já estavam realizando serviços no bairro. Desta forma, comunicamos o fato ao secretário que, prontamente, disse que iria mandar realizar a limpeza. Um encarregado do setor de Obras, inclusive, esteve no local fazendo o levantamento”, informou o vereador presidente Paulo Glinski.

Situação semelhante vive Juliano Bueno que comprou um terreno na Rua Feres Coury, no bairro Campo da Água Verde. Ele pede a limpeza da vala e a colocação de tubos para que possa ter acesso ao seu lote. “Só não iniciei a construção da minha casa porque não consigo entrar no terreno. O mato tomou conta da valeta e quando chove a água transborda”, explicou. A vala, citada por Bueno, é de aproximadamente 200 metros de comprimento e tem inicio na Rua Henrique Zugmann.

Ainda no bairro Campo da Água Verde, outro morador, também apontou problemas, mas, desta vez, sobre a tubulação entupida. Dirceu de Souza, que reside na esquina das ruas Otavio Ferreira da Silva e Júlio Corrêa da Costa fez sérias criticas sobre a forma qual o setor de Obras vinha realizando a desobstrução e a colocação de novos tubos no local. “Está errado, do jeito que estão fazendo vamos continuar tendo os problemas. Se não tiver vazão, os ralos da minha casa e de outros vizinhos vão permanecer entupidos”, frisou.

Já no Loteamento Santa Cruz a situação mais crítica é a das valas entupidas. Os dias de chuva são um tormento para os moradores dos locais mais baixos. “A prefeitura recuperou todas as ruas e até fez um bom trabalho. Mas não limpou as valetas e isso tem trazido sérios problemas. Á água empossa nas ruas e invade as casas”, afirmou uma moradora, que acompanhou os vereadores pelo bairro. O vereador Célio Galeski já havia apresentado, na Câmara, indicação solicitando a limpeza de valetas nas ruas Zeferina Schimidt, Waldemar Stange e Pedro Batista de Bastos, locais estes indicados pelos moradores como os mais preocupantes.

Mais dois problemas foram verificados no Loteamento. O primeiro deles é a falta de roçada na quadra de esportes. Segundo informações, a última limpeza foi feita há mais de três meses e quem pagou a conta foram os próprios moradores. A outra diz respeito a falta de tubulação em parte da Rua Bento de Moura Bueno. “A prefeitura colocou tubos apenas na metade da rua e a outra parte está esperando o término até hoje. Nós não agüentamos mais ver e nem sentir o cheiro do esgoto que sai direto para a rua”, disse o morador Silvio Schoroeder que, em diversas oportunidades, cobrou a conclusão dos serviços junto à prefeitura.

Colocação de Tubos

Moradora da Rua Ernna Schumacher, na COHAB 4, a aposentada Infância Rocha Martins recebeu, do setor de Obras da prefeitura, a promessa de que assim que comprasse os tubos eles seriam instalados. “Comprei 12 tubos sem poder e até hoje não vieram colocar”, afirmou. Ainda na COHAB 4, moradores também reclamam de um reservatório de esgoto da Casan, que fica na esquina das ruas Henrique Sorg e Ernna Schumacher. “Isso vive entupindo e os ralos não conseguem escoar a água que, muitas vezes, volta para dentro das casas”, comentou uma moradora.

Os vereadores foram também até o bairro Piedade para atender ao chamado de Cléia Novaes dos Santos, moradora da Rua Cidade de Florinde. Ela, assim como as demais pessoas que vivem no local, pede que a prefeitura coloque tubos na parte de traz dos terrenos para que o esgoto das casas possa ter destino. Segundo ela, há mais de dois anos os tubos estão depositados na rua secundária que dá acesso ao parque de exposições e ainda não foram instalados.

Rua Intransitável

Na extensão sem asfalto da Avenida Expedicionários, principalmente na parte final da via, transitar com veiculo leve é uma tarefa praticamente impossível. Muitos motoristas arriscam passar usando o barranco. Em dias de chuva, até caminhões ficam sem passagem segundo relatou a moradora Sônia Aparecida Munhoz, que em novembro do ano passado procurou o setor de Obras da prefeitura e até hoje não teve a sua rua recuperada. “Nem os caminhões que vão no depósito de postes da Quantum tentam passar por aqui em dias de chuva. Grande parte usa o pátio da empresa Procopiak para conseguir chegar até o depósito. Além disso, a água fica toda empossada e chega até invadir nosso pátio”, ressaltou.

O presidente da Câmara, vereador Paulo Glinski, prometeu dar encaminhamento a todos os pleitos dos moradores. “Infelizmente não temos o poder de executar. Porém, como legítimos representantes do povo, vamos buscar junto aos setores competentes as soluções para todos os pedidos”, afirmou.

 

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