Grein pede informações acerca da área onde seria instalado o frigorífico Aurora

por admin última modificação 08/03/2018 21h16
Vereador petista quer cópias dos comprovantes de pagamentos pelo arrendamento e o destino dado aos recursos provenientes da locação

O terreno de aproximadamente 20 alqueires, adquirido pela prefeitura há mais de cinco anos visando à instalação do complexo agroindustrial do frigorífico Aurora voltou ser tema de debate na Câmara Municipal de Canoinhas. A área fica a margem direita da SCT-280, sentido Canoinhas a Porto União, na comunidade de Barreiro.

Na sessão ordinária de terça-feira, 20, foi aprovado requerimento de autoria do vereador João Grein (PT), que solicita informações acerca do arrendamento de uma área de 57 hectares para o plantio de cereais, raízes e tubérculos. O processo licitatório que permitiu o uso das terras havia sido lançado pela prefeitura no final do ano passado.

No documento, o petista pede que a prefeitura encaminhe cópias dos comprovantes de pagamento pelo arrendamento e também busca saber qual destino está sendo dado aos recursos provenientes deste aluguel.

Ainda durante a sessão de terça-feira, o vereador apresentou indicação direcionada ao prefeito Beto Faria (PMDB), solicitando a abertura de novo processo licitatório para que, desta vez, os agricultores familiares também possam participar em pé de igualdade com os demais produtores rurais. “Por uma série de imposições no edital, o processo anterior excluiu os pequenos”, disse.

De acordo com a proposta, a área também deveria ser dividida em dez lotes de dez alqueires para que um número maior de famílias pudesse participar. “E também tivessem um tempo maior para poder preparar a terra e realizar o plantio. Não em cima da hora como aconteceu na vez passada”, afirmou o petista.

Aproveitando a fala do colega, vereador Paulo Glinski (PSD) propôs que o novo edital especificasse que cada lote fosse direcionado a um bloco de nota de produtor rural. Também fez duras críticas ao governo anterior que, segundo ele, lançou um edital de licitação no apagar das luzes. “Se não me engano, a abertura das propostas ocorreu em 28 de dezembro. Além do que, o edital nem na imprensa local foi divulgado, mas sim, no jornal A Notícia, em um espaço reduzido e em letras minúsculas. Para ler o conteúdo, o leitor precisava de uma luneta”, alfinetou.

Contestação

Em 03 de dezembro, do ano passado, vereador João Grein (PT) havia ocupado a tribuna livre da Câmara para expor sua indignação com relação ao edital licitatório lançado pela prefeitura. Naquela oportunidade, ele havia solicitado esclarecimentos por parte do governo municipal pelo fato de o edital ter sido publicado apenas num jornal de circulação estadual.

Também questionou o porquê do referido processo restringir os itens apenas aos agricultores interessados em produzir determinados tipos de cultura. “O valor de R$ 1 mil cobrados por hectare é justo. Mas, o que eu acho errado é determinar o plantio de certas culturas. Parece que a coisa está direcionada”, ressaltou a época.

 

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