Casan volta a ser tema de debate na Câmara

por elton — última modificação 08/03/2018 21h02
Vereadores Beto Passos e Alexey Sachweh apontam restrições sobre possível acordo para o compartilhamento dos serviços
Casan volta a ser tema de debate na Câmara

Sachweh diz ser contra o compartilhamento dos serviços entre a Casan e o município de Canoinhas

A novela envolvendo a Casan e o município de Canoinhas voltou a ser tema de debate na Câmara Municipal de Vereadores. O presidente da Casa, vereador Beto Passos (PT) e Alexey Sachweh (PPS), apontaram restrições sobre o possível acordo de compartilhamento dos serviços proposto pela empresa.
            Sachweh, um dos principais críticos da Casan, questionou o fato de a empresa ter uma dívida de R$ 8,4 milhões com o município, ter oferecido apenas R$ 1,5 milhões como forma de pagamento e, ainda, parcelado em 10 vezes. “Não estou nada satisfeito e sou contra o compartilhamento. Sou é a favor da municipalização”, disse.
            Na semana passada, o prefeito municipal Leoberto Weinert (PMDB) e oito vereadores participaram de reunião com a presidência e direção da Casan, em Florianópolis. Na ocasião, a empresa ofereceu um contrato de compartilhamento que aponta investimentos de R$ 70 milhões em saneamento básico ao longo de 30 anos.
            Para Sachweh, a proposta não supera as expectativas, já que a Casan tem um lucro anual de aproximadamente R$ 3 milhões em Canoinhas e quer investir um valor bem inferior do que irá arrecadar. “Isso não é justo com o povo de Canoinhas que está sendo enganado há 38 anos”, disparou.
            Vereador Beto Passos também é contra a proposta financeira oferecida pela Casan. Na opinião dele, a dívida da empresa supera os R$ 8,4 milhões e os valores precisam ser revistos. “Quantas ruas já tiveram suas pavimentações danificadas pelos serviços da Casan? Quantas crateras ficaram abertas após os consertos dos vazamentos? Quem irá pagar esta conta histórica de depredação do patrimônio público?”, perguntou.
            Passos, no entanto, lembrou que o contrato oferecido pela empresa terá cláusulas que apontam datas e prazos para execução dos serviços. “Isso, ao menos, me deixa um pouco aliviado. Porque se eles (Casan) desrespeitarem o que estará no papel, o contrato será interrompido e Canoinhas assumirá os serviços”, informou.
 
Assessoria de Imprensa
Câmara Municipal de Vereadores de Canoinhas
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