Moradores do bairro Piedade dizem estar abandonados pelo poder público municipal

por admin última modificação 08/03/2018 21h20
Comunidade foi a Câmara Municipal, elencou problemas e cobrou soluções para as promessas de campanha
 

Em tom de desabafo, a líder comunitária Cleuziane Rodrigues, ocupou a tribuna livre da Câmara Municipal para relatar as péssimas condições das ruas do bairro Piedade. Além dela, um grupo de aproximadamente 15 moradores também se fez presente na sessão ordinária de terça-feira (13) como forma de pressionar os vereadores a buscarem explicações junto ao poder público municipal.

A moradora disse que a comunidade se sente abandonada e desrespeitada pelo governo do município e que há anos tem que conviver com a poeira, lama e buracos nas ruas. “Moradores e comerciantes ligam diariamente para a Secretaria de Obras e pedem que as ruas sejam molhadas e recebam melhorias, mas não somos atendidos”, esbraveja a moradora ao ler uma carta em nome da comunidade.

Segundo ela, além de não receber investimentos, nem aquilo que já existe no local está sendo conservado. “Somos considerados povo pobre e bandido, não temos rede de esgoto, as ruas estão cheias de buracos e de pedras soltas. Os veículos passam em alta velocidade pelas ruas e as crianças precisam subir nos barrancos para poderem chegar à escola com segurança”, afirma.       

Informações sobre a pavimentação de ruas também foram pedidas pela moradora. “O asfalto foi promessa de campanha do atual prefeito. Existe projeto, já foi aberta a licitação?”, questiona. Ao final, Cleuziane deu demonstrações de que a paciência da comunidade está se esgotando “Esperamos que nossas reivindicações sejam atendidas. Caso contrário, nós moradores seremos obrigados a tomar decisões drásticas, como realizar o fechamento de ruas e chamar a imprensa local e estadual para fazer a cobertura”, ameaça.

Em resposta, o vereador Beto Passos (PT), disse que durante seu mandato, iniciado em janeiro de 2009, já apresentou uma série de indicações e requerimentos em favor do bairro. “Assim como eu, outros vereadores também fizeram os mesmos pedidos. Mas, infelizmente, o vereador não tem o poder de executar, só de fiscalizar e cobrar”, comenta.  

Passos lembra ainda que o projeto de lei, de origem do executivo, que pedia autorização para a busca de financiamento junto ao Badesc - na ordem de R$ 2,5 milhões - havia sido aprovado por unanimidade pela Câmara em 13 de setembro do ano passado. “Os vereadores fizeram a sua parte. O projeto veio, nós analisamos e entendemos que ele seria bom para a comunidade. Nele constava a busca de recursos para a pavimentação de oito ruas. É lamentável que já se tenham passado seis meses e até agora nada foi feito e nenhuma explicação foi dada”, ressalta.

O vereador Wilson Pereira (PMDB) se solidariza com os problemas apresentados pela moradora e informa que o processo licitatório para a pavimentação de uma das ruas estava bem encaminhado. “A Rua Reinaldo Hubner logo receberá o asfalto numa extensão de 400 metros. Os demais processos ainda estão parados porque o Badesc ainda está analisando a documentação e não liberou o financiamento”, anuncia.

Com o objetivo apresentar informações oficiais à comunidade, o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Glinski (PSD), propôs a realização de uma audiência pública no bairro e também a convocação do prefeito municipal, vice-prefeito, e dos secretários municipais de Administração e Finanças e de Planejamento e Orçamento. O requerimento solicitando a reunião será colocado sob a deliberação do plenário na sessão da próxima segunda-feira. “É a forma que a comunidade terá de saber do próprio governo se as obras prometidas saem este ano, qual o cronograma e também cobrarem os outros pleitos. Basta, agora, os moradores nos informarem o dia e o local que querem realizar a audiência”, completa.

 

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Câmara Municipal de Vereadores de Canoinhas
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