“Ninguém afastou ninguém”, afirma diretor administrativo do HSC

por admin última modificação 08/03/2018 20h47
Derby Fontana diz que todos os médicos foram convidados a ingressar no sobreaviso; Sala de endoscopia deve ficar pronta na próxima semana

O diretor administrativo do Hospital Santa Cruz (HSC), Derby Fontana Neto, ocupou a tribuna livre da Câmara, na noite de segunda-feira, 09, para rebater denúncias feitas pelo médico Vagner Trautwein há aproximadamente duas semanas. O médico, que é delegado do Conselho Regional de Medicina em Canoinhas, havia relacionado o seu afastamento do sobreaviso do HSC à perseguições políticas arquitetadas pelo atual governo do município e que teria o aval da atual direção da entidade. Além dele, o médico Ricardo Maunteuffel também estaria sendo vitimado por “forças ocultas”.

Fontana negou as acusações feitas por Trautwein e disse que todos os médicos foram convidados a participar do sobreaviso de especialidades regional. “O convite foi feito a todos, sem distinção. Ninguém afastou ninguém”, explicou. Ele fez questão de enfatizar o papel da direção na busca pelo diálogo e que o hospital fechou contrato somente com aqueles profissionais que se dispuseram a colaborar. “O hospital, infelizmente, não tinha como atender algumas condições solicitadas por alguns médicos”, completou.

O sobreaviso regional vai atender oito municípios da região em quatro especialidades. “Nossa intenção é em breve já poder contar com uma quinta”, lembrou o administrador. A tentativa de acordo entre a direção, o corpo clínico do hospital e as prefeituras se arrastou durante meses. “Foi uma negociação exaustiva, já que muitos municípios precisavam adequar o contrato aos seus orçamentos”, frisou Fontana. Tanto o HSC quanto os médicos do quadro vão receber pela prestação dos serviços. “Foi uma alternativa que buscamos para tentar sanar o déficit em que vive o hospital. Se vai dar certo, isso só o tempo dirá”, comentou.

O hospital tem 73 anos e atende cerca de 100 mil habitantes da região, dos quais, 90% dos procedimentos são realizados através do Sistema Único de Saúde (SUS). Possui Unidade de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico e Banco de Sangue. Nele trabalham mais de 200 pessoas. “São 50 médicos e demais colaboradores que fazem de tudo para realizar o bom serviço, que prezam pela qualidade da saúde”, ressaltou o administrador.

Um planejamento estratégico, segundo Fontana, vem sendo colocado em prática para transformar o hospital em referência nos atendimentos de média complexidade até o ano de 2016. “Foi um trabalho que iniciou com a São Camilo em 2009 e que no meu modo de ver está no caminho certo. Temos tudo para se tornar referência antes do prazo que planejamos”, afirmou.

Questionamentos dos vereadores

Durante pronunciamento na tribuna livre da Câmara, o diretor administrativo do HSC respondeu a alguns questionamentos apontados pelos vereadores. Vereador Beto Passos (PT) solicitou informações sobre a sala de endoscopia e se teria como vincular os equipamentos do consórcio intermunicipal do Cisamurc ao hospital.

Fontana disse que o espaço que irá abrigar o aparelho de endoscopia está praticamente pronto e que a obra deverá ser entregue na próxima semana. “No entanto, antes do equipamento entrar em operação, algumas etapas ainda terão que ser cumpridas”, explicou. Na remodelação da sala, o município investiu R$ 60 mil. O valor foi retirado do montante de R$ 692 mil que a Câmara de Vereadores devolveu aos cofres públicos municipal no final do ano passado. O administrador lembrou, ainda, que a vinculação dos equipamentos do Cisamurc precisaria da análise legal e também da verificação do custo benefício.

Vereador Tarciso de Lima (PP) indagou, sem citar nomes, os motivos que levaram o HSC a destituir dois médicos do quadro de especialistas do sobreaviso. Em resposta, o administrador afirmou que respeitava o posicionamento do vereador, porém, as questões de cunho administrativo da entidade não poderiam ser debatidas em plenário. “Volto a afirmar. Todos foram convidados a participar, só que o hospital não tem como atender certas condições impostas por médicos”, salientou.

Wilson Pereira (PMDB) citou o empenho da população e do poder público municipal em manter aberta a entidade ao longo dos anos, saiu em defesa da diretoria e solicitou que o hospital analise a possibilidade da criação de uma ala psiquiátrica.

 

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