“É caso de saúde pública”, fala Sudoski sobre esgoto que corre a céu aberto em ruas e que invade o pátio de casas no Mutirão

por admin última modificação 08/03/2018 20h46
Vereador está encaminhando requerimentos a diversos setores da municipalidade, nos quais, inicialmente, está cobrando a colocação de tubos em uma das ruas do conjunto habitacional

“Com sol quente é um mau cheiro danado. Se chove, o pátio e as próprias casas são invadidas pelas águas poluídas”. Foi assim que o vereador Wilmar Sudoski (PSD) descreveu o drama que há anos vem perturbando moradores do conjunto habitacional Menino Deus (Mutirão), situado no distrito do Campo D`Água Verde, durante pronunciamento na Câmara, na noite de segunda-feira, 15.

Para ele, o problema está diretamente ligado ao esgoto que corre a céu aberto pelas ruas do local. Também relaciona os alagamentos às manilhas que, obstruídas, não conseguem dar destino ao esgoto doméstico e sanitário que sai das casas à canalização principal.

Por estarem em contato direto com as áreas alagadas, o risco de os moradores contraírem doenças é eminente. “É caso de saúde pública”, classificou o vereador, ao reiterar que no local vivem pessoas idosas, com necessidades especiais, gestantes e um grande número de crianças. “Chega a ser desumano”, acrescentou.

O local

Construído há mais de 25 anos pelo sistema de mutirão, o conjunto habitacional teve toda a canalização colocada na divisória dos lotes, na parte de trás das residências. As manilhas quem em média têm 25 centímetros de diâmetro entopem facilmente.

Acredita-se que o número de moradores dobrou desde sua criação e, por consequência, o volume de esgoto que sai das casas. Outro agravante para o problema é o próprio terreno, que é plano e dificulta o escoamento.

Solução

Após intervenção da Câmara, em 2013, moradores conseguiram que a prefeitura determinasse a colocação de tubos em parte da Rua Alvino Voigt. A obra foi realizada pelo então secretário de Obras Célio Galeski (PSD), que hoje preside a Câmara.

Ao mesmo tempo foram realizadas a troca de manilhas por outras de maior diâmetro em lotes situados na Servidão 1. O compromisso, no entanto, era que o governo municipal desse prosseguimento as obras, fato que não ocorreu desde então.

Por esse motivo é que o vereador Wilmar Sudoski está direcionando requerimentos nos quais está cobrando, inicialmente, a continuidade das obras na Rua Alvino Voigt. Pelo documento, ele está solicitando a colocação de cerca de 80 tubos.

Os requerimentos são direcionados ao prefeito Beto Faria (PMDB), ao vice-prefeito Wilson Pereira (PMDB) e aos responsáveis pela secretaria municipal de Saúde, defesa civil municipal, secretaria municipal de Administração e Vigilância Sanitária.

Desabafo

Acompanhada de outros cinco moradores do conjunto habitacional Menino Deus, a dona de casa Elizabete Cordeiro foi até a sessão ordinária da Câmara para protestar. Em tom de desabafo disse que a comunidade do mutirão está cansada de tantas promessas e que se sente desassistida pelos governantes.

Cobrou providências por parte dos vereadores e garantiu que irá também levar suas reclamações ao prefeito municipal.

Respostas

Vereador presidente Célio Galeski (PSD) disse que a Câmara nunca fez vistas grossas para o problema. Prometeu ainda levar a situação ao prefeito municipal e ao secretário de Obras Bene Carvalho quem, de fato, tem o poder direito e dever executar a obra no mutirão. “A Câmara vai fazer o papel dela que é o de representar a população e fazer com que a indignação dos moradores chegue a quem deve”, comentou.

Cris Arrabar (PT) informou que visita a comunidade frequentemente, tem conhecimento do problema e que nos anos de 2013 e 2014 encaminhou indicação e requerimento à municipalidade solicitando a realização de obras no conjunto habitacional. “De minha parte encaminhamos denúncia ao Ministério Público”, acrescentou, ao lamentar o estado de abandono em que se encontra a comunidade onde reside aproximadamente 200 famílias.

Chiquinho da Silva (PMDB) afirmou que esteve no local recentemente e constatou que a situação dos moradores chega a ser constrangedora. “É bicho feio”, disparou. Informou ainda que já pediu providências por parte da secretaria municipal de Meio Ambiente e fará o mesmo junto a secretaria municipal de Obras.

“A culpa de tudo isso é do Executivo Municipal”, alfinetou o vereador Renato Pike (PR), para dizer que a atual gestão e os demais prefeitos e vices que a antecederam nos últimos 20 anos simplesmente empurram e empurraram o “problema com a barriga”. “Temos mais de 50 indicações e requerimentos aqui nesta Casa reivindicando melhorias para o mutirão, pena que nada é resolvido”, ressaltou.

Paulo Glinski (PSD) acha inadmissível a prefeitura não ter a capacidade ou a “vontade” de resolver o problema, apesar do orçamento do município para este ser de aproximadamente R$ 137 milhões, a exemplo do que foi no exercício anterior. “Se em 30 dias não colocarem esses 80 tubos, então trancamos a pauta e não votamos mais os projetos encaminhados pelo prefeito”, propôs.

 

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Câmara Municipal de Vereadores de Canoinhas

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